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segunda-feira, 12 de abril de 2010

Sonhos de criança


A criança estava ali parada, mas há quase três dias não sabia o que era uma refeição descente, na verdade durante estes dias, seu sustento vinha de um pacote de biscoitos devorado com uma avidez sem igual, o mesmo havia sido dado por uma senhora de aparentes 50 anos, uma total desconhecida que ficará compadecida de sua miserável situação, talvez a criança lembrasse seu neto ou o filho quando na mesma idade, mas isso a criança nunca soube.
Muitas coisas vinham à cabeça da criança, roubo, suicídio, drogas, estas eram as possibilidades mais plausíveis dadas à situação e condição de vida. As feições dos pais talvez a criança nem mais lembrasse, nestes 13 anos de vida, a maior sensação de carinho e conforto vinham de um papelão que agora lhe cobria o corpo já quase sem forças nem para tentar o suicídio, opção que relutava todos os dias em não fazer, já havia participado de alguns assaltos, mas depois de ficar hospitalizado por mais de uma semana devido surra que a policia havia lhe dado como castigo depois de um assalto a um supermercado mal sucedido decidiu que não iria mais apanhar desta forma, todos os amigos faziam assaltos e arrastões, mas ele não queria mais ter de viver correndo da policia, depois da passagem pelo hospital queria uma vida melhor, talvez até pudesse estudar, coisa que nunca fizera porque era preciso sobreviver e nas ruas não havia escolha.
Mas agora no estado em que estava toda sua breve vida passava em sua mente, lamentava a sorte que tinha e dos sonhos tão simples para muitas outras crianças, mas que para ele parecia o paraíso: acordar com uma mãe lhe chamando para ir ao colégio, assistir tevê todos os dias, ter um cachorro, brincar de vídeo game, um pai para lhe ensinar a andar de bicicleta, coisas simples, mas que sempre soaram como sonho, fantasia utópica.
Eram quase três horas da madrugada de um frio domingo, as ruas já estavam vazias e a única companhia eram alguns ratos que vez ou outra passavam a sua frente, as lágrimas lhe molhavam o rosto e o menino adormeceu.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Cadê o dinheiro?

Alguns amigos têm me perguntado porque estou sem postar nada a alguns  dias.
Bem queridos amigos aqui vai a resposta: Eu estou sem receber meu salário há 3 meses, ou seja, desde 04 de janeiro eu não recebo um tostão do que é meu por direito, devido a falta de dinheiro não pude quitar minhas dividas, devo para minha namorada, devo para meu amigo Felipe e para muitas outras pessoas e locais.
Mas em breve estarei melhor...Assim espero, mas enquanto não normalizo minha situação peço desculpas aos que leem meus posts sempre, muito obrigado mesmo por esta atenção dispensada, tenho algumas poesias no note, mas estou melhorando para mostrar algo de qualidade a todos os meus caros leitores.

Estréia de Imagens engraçadas

engraçadas, divertidas e algumas banais.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Para a bela de meus sonhos

Mulher divina
Companheira sem igual
Musa de meus delírios
Sonho que encontrei mesmo acordado
Sem ti moça complexa, minha vida seria triste
Sem ti mulher sensual, meu desejo seria nada
Sem teus complexos de mulher eu jamais superaria Freud
(só assim para te entender um pouco)
Só posso deixar minha singela confissão que amo-te
Desde que me fizeste lutar durante muito tempo para conquistar teu amor!
Posso ser imperfeito como sou, mas amo-te
Posso esquecer de certas coisas, datas, momentos, mas você me perdoa
Posso não saber como viver, mas você sempre conseguiu me ensinar
Por tudo que você significa eu não poderia mais viver sem ter-te ao meu lado

Minha Linda noiva serei sempre o bobo que te faz rir.

Amo-te e isso me basta!

Frank J. Sá Araujo

Minha Situação Atual

Qual o prazer em humilhar, usar adjetivos pejorativos, criticar qualquer atitude e ficar feliz com as desgraças alheias?
Estas são respostas que busco todos os dias morando na casa de meu pai, o motivo destes questionamentos é a esposa que por motivos que desafiam a minha capacidade de entendimento pratica esta violência contra mim.
Devo admitir que já tive inúmeras vezes vontade de pular no pescoço, mas minha consciência sempre me deteve.

“As pessoas estão acostumadas a associar a violência à sua forma física. Mas a violência psicológica, muitas vezes expressada verbalmente, pode ser ainda mais prejudicial”, afirma a consultora de etiqueta e comportamento Célia Leão, de São Paulo.
Eu como vitima confirmo que o estresse causado pela vivencia é de tal grandeza que muitas vezes sinto vontade de desaparecer e pela inércia de meu pai diante da situação sinto que não tenho valor.
“Vivemos num contexto violento, seja no trânsito, nos relacionamentos, nos meios de comunicação e nas empresas”, diz Armando Rezende Neto, psicólogo voluntário do Ambulatório de Atendimento de Transtorno Obsessivo Compulsivo da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). E, segundo ele, viver numa situação de violência verbal repetitiva pode levar ao estresse, do leve ao crônico, com repercussões na saúde. “Se a pessoa tem propensão à depressão e à ansiedade, pode desencadear esses transtornos e até crises de síndrome do pânico. Já atendi pessoas que lidam com o público em entidades públicas e desenvolveram esses problemas”, conta.
Mas como explicar as motivações de quem agride?
É o que gostaria de saber, quem sabe assim poderia evitar e consequentemente melhorar minha condição de vida.
O melhor, segundo os profissionais é sair rapidinho dessa situação. “Resgatar a autoestima, aprender a dizer não, enfrentar sem usar a mesma agressividade, fazer psicoterapia e até se separar são alguns caminhos”, aponta Rezende.
Estou desde o inicio do ano tentando sair de casa, mas como a vida nem sempre é justo estou desempregado e logo não posso simplesmente sair e ter de passar por brandas necessidades.
Bom caros amigos, isto é um simples desabafo estava precisando se não poderia cometer alguma loucura, espero em breve postar algo mais agradável.

domingo, 28 de março de 2010

Johan Gabriel Barbosa Araujo

Hoje estou inaugurando uma nova sessão no blog onde conto segredos  e coisas intimas muito importantes para mim, espero que leiam e que alguns possam se identificar com minha história.

No domingo passado, 21/03, fez um ano que meu primeiro filho faleceu, fico triste em pensar em tudo que aconteceu, muitos questionamentos ainda invadem a minha mente, teria sido erro médico, teria sido providência divina? Enfim não tenho a resposta e entrei em acordo com a minha amanda noiva que não vamos discutir este assunto é algo que não irá trazer nosso filho de volta e de nada adiantar acusar aos outros, temos que recuperar a esperança, temos de nos preparar para continuar a vida.

Quero que todos saibam que foi a melhor sensação da minha vida carregar nos braços um ser tão frágil, tão dependente de sua proteção, tive medo, muito medo, mas também muito orgulho de saber que era meu filho, de saber que era belo (assim que eu puder coloco a foto do garotão aqui junto ao post), enfim este post é para homenagear e lembrar de meu filho, não coloquei no dia do ocorrido porque não me senti a vontade para tal, mas como não podia deixar passar em branco aqui está a singela homenagem.

Meu filho onde estejas saibas que tanto eu quanto sua mão o amamos muito, sentimos sua falta e para sempre lembraremos de você que mesmo com apenas 13 dias em nossa presença foi muito amado e sempre será.

sexta-feira, 26 de março de 2010

FIM

Vivo: vejo, suspiro, não entendo. Cores, sons, nuvens flutuando, onde estou?
À beira do paraiso eu acho ou talvez do inferno, não sei bem para onde vou.
Redima-me todos os sábados e domingos, eu sempre fui à igreja.
Sempre rezava o Pai Nosso e Ave Maria, mas para quem? Por quem?
Para mim é claro, para meus familiares.
Os outros que resolvam seus problemas sozinhos, já tenho muitos para resolver.
Uma luz forte invade tudo.
Acho que fui uma boa pessoa parece ser o paraiso, graças a Deus estou no céu!
Espera, está escurecendo de novo, muito escuro, frio.
- Vamos a anestesia entrou em ação e precisamos nos apressar!
Não consigo me mexer.
Não consigo falar, mas ainda respiro.
Sinto a batidas vagarosas do meu coração.
Não consigo pensar direito, parece que meu crânio está preenchido com algodão.
-Vamos reanimar, as batidas estão fracas, rapido! 1,2,3, vai!
A luz forte voltou, não sinto meu corpo pareço leve ...
Estou todo em luz, eu agora sou a luz e me espalho aos poucos por todo o lugar.
-Estamos perdendo ele, vamos pessoal não vou perdê-lo!
Espalho pelo espaço.
Uma alegria, uma felicidade incontrolável se apossa de mim.
Um silêncio.
Fim.
-Perdemos ele...

Mateus Henk Nogueira