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Temas

domingo, 27 de janeiro de 2008

Sem título

Minha alma adormecida
Está presa ao meu corpo
Como um pássaro
Preso a uma gaiola
Meu corpo
Já não vive,
Não respira
Apenas se move
No vai-e-vem
Louco do dia-a-dia
Maçante,
Desinteressante
Minha alma
Pulsa desacelerada,
Lenta
Em leves emoções
Do dia.



Aline Monteiro

Sem título

como num sonho
você veio
transcendente, transparente
me dizendo o que fazer
como agir, como pensar
veio me jogando pedras
me arrancando grilhões
me despindo do obvio
me tornando outra pessoa
veio sem máscaras, sem pudor
veio me ensinar
falando ao meu ouvido
olhando na minha cara
e como um Deus
me deu outra vida
como um anjo
me deu as novas
boas e más notícias
foi direto, simples
estrondoso, explosivo
foi limpo
foi real, irreal!
Foi você mesmo
E veio lentamente em minha direção
Como se nada quisesse
Nada tivesse
Nada pudesse
Falando a minha língua.


Aline Monteiro

VI

Sem toque e sem pele macia,
sem abraço e sem calor.
Mas eterno como o instante
de um piscar de olhos

Tão mudo quanto palavras sem sentido,
teus olhos já não são os mesmos
A distância ao meu lado
É um presente teu
E tenho em meu horizonte
Uma grande linha vazia

Vazia como a alma que me resta.
Dos planos que não pude ter
Da vida que ficou atrás
Da lembrança que me faz ficar mudo

E sigo sem rumo
sem toque de pele macia
sem abraço e sem calor
Mas eterno como o silêncio
dentro de mim.

Frank J. Sá Araujo

V

Não grito por mim
e já nao ligo se a vida vai mal
não me arrependo do gosto
não me arrependo de amores
sei que vivi o que quis
e até o que não devia
Já não tenho vontade de gritar
está tudo parado, estático.
É até monotono, mas inebriante.
Que a roda gire, mas gire sem mim...
Que o mundo pare, pois quero descer.
Mas já não grito por mim
sei que não irão escutar
E tanto faz se meu mundo vai bem ou mal.
Hoje eu quero a paz do meu silêncio
hoje eu quero conversar sem dizer palavras
e saber que por um breve momento
eu me entendi...

Frank J. Sá Araujo

IV

Do teu veneno quero minha dose
Do teu mortal veneno quero beber da fonte
Me embriagar... Entorpecer

Da saliva ao sono
é o que quero...
Já cansei do meu egoísmo
Quero o toque que vem de tuas mãos
e o conforto de teus braços

Antes que me afogue em desespero
Mas venha com a dose certa
Que aqueça meu corpo
Que me queime em brasa antes do sono

E que no fim eu tenha teu corpo
junto ao meu enquanto eu descanso
Nas graças do veneno
que tomei da fonte

Que apague num instante essa chama
que me consumiu e me devorou
Mas que eu saiba enquanto me olhas
Que nesse triste olhar está minha redenção
E na saliva minha salvação

E que eu descanse como nunca em vida.
Nas graças do teu veneno
que tomei na fonte.

Frank J. Sá Araujo

Desejo

Quisera eu poder arrancar meu coração
E com ele levar a tempestade que arrasa minh’alma
Quisera ser dono de mim
Quisera ser teu, me completar em ti,
Com o tempo a nos proteger
Mas nada faz sentido quando me vem à razão,
O mundo que olho taciturno
Quando me perdi não mais sei...
Quando deixei de ser dono de mim, já faz tempo.
Que dor me vem que nem lágrima,
Cortando meu peito em dois,
Cortando minh’alma em duas
E eis que só me completo em ti.
Talvez me quebre o espírito te mover de mim
E serei o eterno incompleto
Nos mal-dizem as bocas que não vêm a nossa beleza,
Que não sabem que somos parte um do outro;
Quisera perder o juízo de vez, me entregar;
Quisera viver como fogo,
Queimar-me em paixão, em desejo sem fim,
Ser um indivisível, uno contigo.
Quisera me envolver nessa tempestade que arrasa minh’alma
Que me toma de assalto e me tira o juízo
Mas me faz feliz como nunca antes
E me entrego ao prazer de ser completo por ti.



Frank J. Sá araujo

III

Quando minha alma reclama algo para si
Torno-me mais torto que o normal
Quando sei que não vou suporta a dor da perda
Torno-me inconstante, perdido em pensamentos.
Passo a vagar numa fronteira que me divide em dois
Entre razão e emoção...
Por quantos dilúvios passarei?
Quando me dou, ninguém consegue receber.
E acabo perdido no tempo, lembrança...

Frank J. Sá Araujo

II

Eu odeio ter de ser o certo mesmo quando estou prestes a explodir
Eu odeio ter de dizer que as coisas estão bem
Mas não estão e eu sei disso muito bem, eu sei muito bem.
Queria poder soltar meu grito sem temer a nada
Que ilusão me toma o peito quando penso assim
Quem me ouviria ou mesmo tentaria entender meu grito demente?
Eu odeio ser eu mesmo e pensarem que não...
Eu odeio a mim mesmo por fazer tudo o que não quero
Já não gritei no silencio de minha alma?Por que ainda me aperta o peito esse ódio?
Qual razão ainda me move tão friamente para o nada?
O amor me queima o peito; tenho coisas boas...
Talvez a única coisa que o ódio por essa existência não vá consumir
Seja o amor... Tão rápido, tão puro, meu milagre!!!!

Frank J. Sá Araujo

Sorriso

Toda vez que fecho os olhos
O brilho do teu olhar clareia em minha memória
A lembrança do teu sorriso alegra meu coração,
Esse bobo coração que ofereço a ti

Mas tu sorris e vais
Por onde minhas pernas não sabem andar
Tolo que sou perdido em noite escura.

Tua palavra é doce canção que embala meus sonhos
Que abre minha mente e ensina a lição
Essa voz que me traz alívio, mas também aflição
Quando teima em me dizer não.

És bela mais que o florescer na primavera
E atenção atrai sobre si
Pois brilhas mais que a luz das estrelas

Tão pouco sou diante de ti
Quando me mostras teu brando sorriso
Perco o chão, a razão e sou teu.

Frank Johnes Sá Araujo

Ontem

Ontem não vi o dia passar
Meu ânimo acabou com teu sorriso
Nossos planos perfeitos viraram promessas
Enquanto a chuva molhava meu rosto

Ontem não vi que passava o tempo
E que passava você enquanto eu ficava
E que passavam as nuvens onde eu fiz teu retrato
E o vento soprava longe de mim

Mas hoje o que restou de mim
Se não um todo incompleto
Se não um ímpar sem par

E louco que fui sem tentar
Neguei teu olhar, neguei a mim mesmo.
Neguei o futuro que não escrevi e não foi escrito.

Frank Johnes Sá Araujo

I

Mesmo não sabendo aonde vou, caminho.
Por estrada sem fim, rumo ao horizonte.
Nessa estrada me perco em segundos
Na beleza do momento, na felicidade.
Ó estrada sem fim, de tempestades e calmaria.
Há muitos descansando em confortável sombra
Há muitos que não suportam o tormento da distância
Nessa estrada não há certezas, mas algumas promessas.
Nessa estrada não existem guias nem indicações
Apenas caminhando é que se sabe aonde vai dá
E nela me ponho a caminhar às vezes sem pressa de chegar
E sem pressa eu vou rumo ao horizonte de promessas
Que me espera ao chegar?
Onde vou chegar?


Frank J. Sá Araujo

Completo

Nas noites de frio quero o teu calor
Perder-me no fogo desse amor!
Nas noites de solidão o prazer de tua companhia
Para me dizer que meus pesadelos não são reais.

Nas noites que sentir tua falta, sei que meu coração é teu lugar
Onde meu abrigo deva ser o teu.
Nas noites em claro que passo pensando em ti
Quero no conforto de teus braços embalar meu descanso

Ó fogo que queima meu peito sem dor,
Consome meu ser em chama tão vivaz
É o amor que sinto por ti!

E sabes que vives em mim, como vivo em ti.
Pois és tu que completa minha alma
Pois és tu que completa meu ser.

Frank J. Sá Araujo.

Do tempo sem ti

Quando estais longe me sinto triste
E grande saudade me vem ao peito
E passo a buscar na lembrança um sorriso teu
Pois só assim engano meu coração
Enquanto tu não vens.

Que alegria estar diante de ti
Que digna meu ser torto
E que se mostrou tão belo anjo a mim;
Permita que eu a guarde em meu coração
Para que não fujas por estradas que desconheço.

Saibas que não sei do meu lugar se não contigo
Todos os caminhos pelos quais passei me trouxeram a ti.
Não permita que o tempo passe sem sentido
E o dia claro dê lugar a diversas tempestades
Que sozinho não posso acalmar.

Carrego teu amor para além do meu tempo
Para além da lembrança que se apaga com o tempo
...
Frank J. Sá Araujo

sábado, 26 de janeiro de 2008

triste de mim

apenas testando... mais tarde posto o que realmente merece ser postado
e se talvez um dia alguém possa ler essa coisa...