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domingo, 27 de janeiro de 2008

Desejo

Quisera eu poder arrancar meu coração
E com ele levar a tempestade que arrasa minh’alma
Quisera ser dono de mim
Quisera ser teu, me completar em ti,
Com o tempo a nos proteger
Mas nada faz sentido quando me vem à razão,
O mundo que olho taciturno
Quando me perdi não mais sei...
Quando deixei de ser dono de mim, já faz tempo.
Que dor me vem que nem lágrima,
Cortando meu peito em dois,
Cortando minh’alma em duas
E eis que só me completo em ti.
Talvez me quebre o espírito te mover de mim
E serei o eterno incompleto
Nos mal-dizem as bocas que não vêm a nossa beleza,
Que não sabem que somos parte um do outro;
Quisera perder o juízo de vez, me entregar;
Quisera viver como fogo,
Queimar-me em paixão, em desejo sem fim,
Ser um indivisível, uno contigo.
Quisera me envolver nessa tempestade que arrasa minh’alma
Que me toma de assalto e me tira o juízo
Mas me faz feliz como nunca antes
E me entrego ao prazer de ser completo por ti.



Frank J. Sá araujo

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